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CISTO RENAL

      A presença de cistos simples nos rins é mais comum do que se imagina. Estima-se que 30% a 50% das pessoas acima de 50 anos apresentem o problema sem saber.  Essas formações são como bolhas cheias de líquido claro, que surgem por causa da obstrução de um dos milhares de ductos presentes no rim. A maior parte dos cistos simples é periférica e, por isso, quase não causa sintomas.

 

      São descobertos normalmente durante a realização de ultrassonografia de rotina (solicitada por outros motivos). Podem apresentar diversos tamanhos, tendo em média 5 cm, mas podendo variar de 1 cm a 20 cm. Na maioria das vezes, os cistos renais raramente causam sintomas como dores, sangramento na urina ou pressão alta. Essas condições dependerão da localização do cisto: em casos de incidência de cistos no meio do rim, pode haver compressão das estruturas ao redor, como o sistema coletor ou artérias renais.

 

      Nem todo cisto simples precisa de tratamento e é possível conviver com ele sem complicações. Se causar sintomas, o tratamento pode ser indicado. As duas pricipais formas de tratamento são a aspiração com agulha e o tratamento cirúrgico para cistos grandes. A cirurgia é realizada preferencialmente por videolaparoscopia.

 

    Ter cistos nos rins, mesmo que eles sejam mais de um, é diferente de ter a doença renal policística (alteração genética). Neste caso, diversos cistos surgem nos rins e podem, inclusive, aumentar de tamanho e de quantidade. Dependendo desse crescimento, pode haver redução da função renal e, eventualmente, episódios de dor, sangramento e infecção urinária. No acompanhamento e tratamento dos pacientes portadores da doença renal policística o objetivo é controlar fatores de risco com o intuito de preservar a​ função renal e evitar episódio de infecção.

 

       Existe uma porcentagem pequena de tumores malignos renais císticos, ou seja, é semelhante a um cisto porque contém uma parte líquida. Porém, por conter partes sólidas, é facilmente diferenciado por meio de ultrassonografia ou de tomografia computadorizada.

 

      A diferença entre o cisto simples e um tumor não está no tamanho nem na localização, mas nas características do cisto (ele deixa de ser homogêneo) como a presença de calcificação, paredes espessadas, presença de septos ou se há parte sólida no cisto. De acordo com essa avaliação, os cistos são divididos usando a classificação de Bosniak, que vai de 1 a 4. O número 1 indica o cisto simples; o 2 é chamado de complexo e tem risco baixo, em torno de 5%, de ser maligno; o 3 apresenta risco entre 30% a 50% de malignidade; e o 4, de 80% a 90%. Estes dois últimos têm indicação de remoção cirúrgica, e são tratados como câncer renal (ver página sobre câncer renal).

Classificação de Bosniak para cisto renal

2015. Dourival Magnani Júnior                                                                                                                                                                                                            67 3348-6872

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